

“A Acrópole desde a colina das musas
Jardim de pedra suspenso
como um catafalco
no alto da colina abrupta
em capítulos de mármore do Pentélico
o vocabulário das duas ordens clássicas
dá-se a ler no movimento leve da luz sobre as colunas”
Se eu conseguisse compreender toda a poesia como sinto este poema:
"De cada vez que a História se imita
fica-nos só este desmedido sonho
de ruínas (nem laudes, nem glória)
por entre o ar laudanizado no latim
e no árabe. O templo da Corcórdia
é o inacabado museu ao alto da escarpa,
entre dois rios mudos de água,
onde cada pedra caída cumpriu
um destino agora que o esquecimento
de nenhuma memória em lassidão
envolve a «tensão do equino»:
salváveis, se um pensamento aqui
se detém, só as gotas de água
que na pedra se fizeram duras
e durando como a minúscula rosa
de Rodes a um ângulo das colunas
abrem-nos com a sua presença, indelével
entre os escolhos, uma passagem"
Paulo Teixeira(p. 58)
Sem comentários:
Enviar um comentário