quinta-feira, 24 de abril de 2008

Ontem foi o dia mundial do livro




Há uma professora algures pela Fpceup (I. Menezes) a quem ouvi dizer que caracterizar a participação cívica pelas percentagens de voto, é no mínimo redutor. Há de facto inúmeras formas de participação cívica, e para mim poder celebrar o dia de amanhã (viva a revolução dos cravos), bem como o dia de ontem (dia mundial do livro), é participação cívica. É óbvio que não necessito de dia mundiais disto e daquilo ou feriados nacionais, para participar civicamente, posso fazê-lo em casa sentadinha no meu sofá, quando assino uma petição na net. 
A importância do agir, do sentido das coisas, da consciência, do participar, do rebelar, é por si só ser cívico. Civicos somos todos, a partir do momento que estamos sob um estado. Agora o conseguir existir civicamente isso é outra coisa...

Ontem, estive na Nova Acrópole, numa actividade de partilha sobre livros amados, odiados, idolatrados, desconhecidos, fantasiosos, científicos...  Devo dizer que gostei particularmente de um comentário partilhado de Kafka que referia algo que assumi como se eu fosse algo que tenho vindo a pensar: se os livros de algum modo não nos ferem, de que serve lê-los? A personificação de livros e as emoções como mananciais, foram indubitavelmente marcadores desta agradável noite.

2 comentários:

ilusorius disse...

Se mantiver o nível inicial demonstrado, será este um blog deveras excelente. Como meu comentário inicial e, calculo eu, que desejarás último, o seguinte:

que este "blog", de algum modo, nos fira.

ilusorius

soy yo disse...

ilusorius: estas a fazer previsões? eheh. Vai passando, também gosto de comentários que ferem, desde que imbuidos de sinceridade.
É um prazer ter-te por cá...