segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SAMANTA/SAMANTHA

Origem: Aramaico
Significado: Aquela que ouve

Chegaste de mansinho e pediste para ficar, lentamente ocupaste um espaço que eu suspeitava conhecer, é tão grande a quantidade de coisas que róis e destróis diariamente para me lembrares de tanto que não necessito como o amor que sinto por ti!

para quem quiser pesquisar o seu nome fica o site:

http://www.significado.origem.nom.br/nomes/?q=samanta


domingo, 27 de dezembro de 2009

0s enviados divinos: Sidharta Gautama

Sidharta Gautama, o Buda,
o Iluminado (qualificativo genérico dado a muitos outros grandes místicos anteriores e posteriores a ele).
Filho do rei dos Sakyas, Sudhodana, que significa arroz puro e de Maya ou Mahamaya (grande ilusão). A mãe morreu sete dias após o nascimento do Sarvarthasidha (o poderoso). Nasceu em 621 a. C, no 2º dia da Lua Nova do mês de Maio, no seio de uma família nobre, casta kchatrya (guerreira), no palácio de Kapilavastu, que se localiza no actual Nepal. Decidiram chamá-lo de Sidharta Gautama, sendo que Sidharta se devia à sua sabedoria e poderes (sidhis) inatos e apreendidos, Gautama correspondia ao nome sacerdotal da família Sakya, dinastia de Sudhodana, que significa literalmente "pastor de vacas". À nascença era já considerado excepcional, receptáculo com aparência humana da divindade que vela pela humanidade, Vishnu. O mito sobre o nascimento dos Enviados Divinos é perfeitamente identificável na história de Sidharta, Maya era muito devota a Vishnu e desejava ter um filho, uma noite sonhou com o deus da sabedoria Ganesha a descer dos céus, dizendo-lhe que ficaria grávida e dela nasceria um Buda.

















Mal nasceu deu sete passos na direcção de cada um dos pontos cardeais e uma flor de lótus abriu-se em todo o seu esplendor. Vieram adorá-lo magos e reis que o acreditavam como Redentor do Mundo. Profetas e astrólogos confirmaram o nascimento de um Mensageiro, um Avatar. Desde os 7 anos foi educado pelo mestre Vizvamitra e pelo conselho de sábios. Há alguns biógrafos que referem que a educação entregue a estes mestres tinha como finalidade ocultar de Sidharta as realidades do mundo exterior, pois é também referido que o rei, seu pai, não queria que o seu filho fosse asceta, evitando a toda a força que o seu filho enveredasse por essa via, proporcionando-lhe todas as riquezas materiais, fazendo-o viver num mundo totalmente diferente do comum dos mortais, quando o jovem visitava as cidades, o seu pai tirava do seu alcance os doentes, os pobres, os anciãos, permitindo-lhe aceder a uma perspectiva de juventude, saúde, riqueza, felicidade... Conta-se que forçado a participar nos rituais de caça, fixava o seu olhar nas flechas e desviava-as, salvando os animais.




Estes e outros sinais meditativos alarmaram o rei, que preocupado em arranjar um herdeiro mais "normal" lhe arranjou um casamento com Gopa, também chamada de Yoshodara, filha do rei de Coly. Para tal, Sidharta teve que medir forças com os outros pretendentes de Yoshodara. As flechas atiradas contra Sidharta desfaziam-se nas suas mãos. Foi trazido para as provas, o velho arco do seu avô, o rei Sinhajanu, que estava guardado num templo, e que requeria vinte homens para transportá-lo, quando colocado na mão dos outros princípes ninguém o conseguiu levantar e Sidharta fê-lo só com um dedo da sua mão direita. Casou-se com Yoshodara. O rei mandou-lhes construir três palácios, um de Verão, outro de Inverno e o terceiro no sopé dos Himalaias para a época das chuvas. Passaram quatro anos e Sidharta decidiu dar um passeio fora do palácio real: encontrou um homem muito curvado, pele rugosa, a tremer apoiado na bengala, questionou o seu cocheiro para saber que homem era aquele, ao que este lhe respondeu "um dia todos os homens serão assim", de seguida viu um homem muito doente, ao que o cocheiro face à sua interrogação lhe disse "ninguém está livre da doença". Por último viu passar um funeral e impressionado com a dor no rosto das pessoas acercou o cocheiro que lhe explicou que se tratava de um morto e que a morte era o destino de tudo o que nasce. Ao que parece a visão da velhice, da doença e da morte despertou a consciência do jovem princípe. Conta-se que se cruzou ainda com um asceta da floresta, a quem interrogou "por que estás assim vestido e nessas condições físicas? Este respondeu-lhe: " Procuro a paz do coração e o alivio para os sofrimentos". Sidharta encontra-se em mutação, interroga-se e dá-se conta que os prazeres do palácio já não o satisfazem. Tem necessidade de encontrar a razão da existência humana, o porquê do sofrimento, o sentido da vida. Nessa mesma noite abandona o palácio. Diz a tradição que nessa mesma noite nasceu o seu filho Rahula, que significa amarra. Entrega-se ao ascetismo. Passa grandes privações, procura os sábios para encontrar as respostas, passaram-se seis anos em meditações e auto-sacrifícios, torna-se o maior sábio e ainda não alcançou o seu objectivo. O seu rigor era extremo, chegou a um estado de fraqueza tal que o salvou uma tigela de arroz oferecido pela filha de um pastor. Apercebeu-se então que os excessos não são o caminho para a perfeição humana, mas o equilibrio, o justo meio.





Senta-se sob a Árvore Bodhi (Budi), a árvore da Iluminação até resolver o grande enigma. O deus Mâra, o deus da tentação, trava uma luta com ele, procurando desviá-lo do seu objectivo, a profunda meditação do que procura conhecer-se a si mesmo. Sidharta consegue vencer Mâra após vários dias de lutas interiores. Durante este período revê as suas antigas existências, compreende o sentido da vida, a raiz do sofrimento e da dor. Conta-se que após os sete dias de meditação surgiu uma forte tempestade. Abrem-se duas vias para Sidharta, agora transformado em Buda, o Iluminado, ou entrar no Nirvana, a libertação e abandonar o sofrimento, superando a condição humana, ou renunciar a este estado para permitir aos homens o acesso ao conhecimento. Opta pela segunda via onde espera pacientemente por todos os humanos. É um Nirmanakaya, recusou o Nirvana em prol da evolução de todos.
Conta-se que a natureza se emocionou com tal acto. Durante mais de 40 anos não descansou na missão de dar a conhecer a sua verdade aos outros. No bosque de Kusinara, debaixo da árvore de Sândalo morreu tranquilamente no ano de 543 a.C. Há quem diga que morreu de velhice, outros porém atribuem a sua morte à indigestão com carne de javali, o que se reveste de simbolismo, pois este era um animal dedicado a Vishnu que por sua vez simbolizava a sabedoria divina e portanto logicamente Buda teria ingerido demasiado sabedoria dos deuses para continuar a viver neste mundo terreno.
Conta-se também que como o seu corpo não podia ser consumido pelo fogo comum, um jorro de fogo flamejante saiu de um símbolo cruciforme que trazia ao peito e reduziu
o seu corpo a cinzas.


Fonte: Associação Cultural Nova Acrópole

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Aporia infernal

"A intenção é, em relação ao acto, o possível ambíguo, incompleto e instável, a impaciência de existir. Mas ela encontra-se, quando já há tempo para mais, desiludida por sentir-se traída pela execução, desfigurada pelas suas próprias obras." Jankélévitch

São tantas as conceptualizações que me assusto com a velocidade das ideias, escapam-se-me veementes e com veleidade, não as alcanço, não as persigo, deixei-me ficar exausta: elas hão-de voltar, mas já não existem, já não têm forma, preferia matá-las na concretização!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Bebiana San - yoseikan budo


Aprendi: 
tatami - soalho;

arigatõ - obrigado;

abunai - perigo;

gaijin - estrangeiro;

kata - série predeterminada de movimentos nas artes marciais

katana - espada comprida

tantõ - faca

sensei - professor /mestre

yame - parar

agime - começar

lei - saudação




Yo “o alimento da alma” EDUCAÇÃO



Sei, “honestidade, o sentido da justiça” RECTIDÃO



Kan, “o lugar da união” A ESCOLA, O DOJO, A CASA



Bu, “impedir a guerra consciente” BUSCA DA PAZ



Do, “o caminho que leva ao objectivo”.  A VIA




 

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Realidade irreal

 O nosso cérebro engana-nos , qd recordamos e qd pensamos em nós mesmos , qd sonhamos e qd percebemos a realidade que nos rodeia , o nosso cerebro finge, adultera, falsifica... é um dispositivo contruido pela selecção natural ao serviço de um organismo vivo: nós. Qual a meta de todo o organismo vivo? Claro, sobrevivência! Para o conseguir é capaz de suprir informação de que carece por fantasias e efabulações. O importante é que nao nos falte informação, ainda que parte dela não seja exacta. O importante é que a realidade nos seja apresentada por um sentido complexo e coerente que acreditemos que todos os nossos comportamentos estão sob o nosso controlo, que a nossa memória pareça um reflexo daquilo que aconteceu. Para o nosso cérebro é mais importante que nos seja contada uma história consistente do que verdadeira, o mundo real é menos importante do que o mundo que necessitamos!



locos de amor

Yo soy un río. 

Tú eres mi sol. 

Eres la medicina 

de mi corazón roto. 

Vuelo por detrás de Ti, sin viento. 

Yo soy una aguja. 

Tú eres mi brújula.


Rumi


domingo, 1 de novembro de 2009

ALL eve's day

Nada como um feriado com um temporal... A forças dos elementos corta-me a cabeça e cose-ma de novo...
Tenho andado a viver a nossa história, (como se fosse possível não o fazer!) hoje estive no castro de São Paio, em Labruje, antigo povoado (à beira mar!!) dos Calaicos (prévios aos romanos), onde obviamente para cristianizar o local, que claramente já era de culto dito pagão, muitos séculos mais tarde construiram uma capela em honra de São Paio (Pelayo)... O que me lembra também o homem da massa em Santa Cruz do Bispo no monte de S. Brás... Será ele uma figura do conjunto estatuário romano (séc. I d.C)? Ou parte do conjunto escultórico que ornamentava a quinta dos bispos lá pelo século XVI? E a figura zoomórfica, que conta a lenda, um leão, será parte do bestiário medieval? Terá sido já um suporte sepulcral?

escavo raízes,
tocar os limites todos da existência,
a segurança não está nas suas matrizes ,
é um fim na própria vivência!

Como li em khalil gibran:
Ninguém pode conviver sozinho com a beleza que é capaz de perceber. E quanto a nós, que buscamos o Absoluto, e que construímos um jardim usando a nossa própria solidão, a Vida deixou-nos a imensa paixão para aproveitar cada instante, com toda a intensidade.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

sábado aberto


Nova Acrópole Porto • Av. da Boavista 1057 • Telf: 22 600 92 77 •
 info@novaacropoleporto.org 

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Lendas contos e mitos

um contador de histórias é aquele que faz com que os outros deixem de fazer outro algo para se concentrarem em quem vocifera palavras encadeadas que nos fazem querer responder ao "e depois?". Os elementos mágicos das lendas, contos e mitos, estão imbrincados no mundo real, na medida em que os metaforizam, em que ajudam a evidenciar produtos protegidos do nosso mundo psíquico...

África: 

A etnia Fon de Abomei fala-nos sobre os gémeos celestiais Mavu e Lisa, nascidos da mãe primordial Nana Bulucu que terá criado o mundo. Mavu seria a Lua, feminina, encarregada da noite, vivia a Oeste, por sua vez Lisa, masculino, vivia a Leste. Juntaram-se num eclipse, e sempre que um acontece, os Fons dizem que Mavu e Lisa estão a fazer amor. Tornaram-se pais de todos os outros deuses: deuses da terra, deuses da tempestade, deuses do ferro, deuses dos mares, deuses das matas, deuses dos ares...   
O Universo é por vezes considerado como uma cabaça, sendo o horizonte os pontos de união das metades do fruto. é nesse local que o céu e o mar se juntam, num local inacessível ao Homem. A Terra é uma cabaça mais pequena a flutuar dentro da Grande Cabaça, pois a água rodeia a Terra (quando se fura a Terra encontra-se água!!!). Para tornar a Terra mais firme, uma cobra divina enrolou-se à sua volta, tal como as rodilhas que algumas mulheres africanas usam. Foi ela que levou o/a Criador/a a vários lugares, e nasceram as montanhas sempre que pararam para descansar. Foi ela que traçou o curso dos regatos e abriu canais para os rios. Ainda hoje a sustém e nunca poderá alargar o espaço, pois corre-se o risco de desintegração

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Tópico

já que estou aqui neste nosso ponto de encontro, quero lançar dois tópicos:

a) O que é a alma?

b) Qual a essência da alma?


"Cumpriu-se o mar e o império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal"


Tudo o que existe é passível de horoscopar, e isso Fernando Pessoa fê-lo... Trata-se em termos muito básicos como qualquer horóscopo, de fotografar no momento do seu nascimento, para determinar a relação entre o céu e a terra. 
Repare-se Qualquer existente é-o num tempo e num espaço, num eixo diacrónico e sincrónico e como tal o movimento não pode ser rectilíneo, mas em ciclos... 

terça-feira, 28 de abril de 2009

Epitáfio

Se morresses hoje o que deixarias para a posteridade? O que quererias que fosse escrito na tua lápide? Haveria lápide? Deixarias algo escrito? Quem se lembraria de ti? E por quanto tempo? Assume que és, vive porque existes, és real para alguns, insignificante para quem não imagina sequer que tu estás aí, desleal para quem considera que o/a traíste, cortês para quem sempre foste atencioso, pensador para quem só partilhaste conjecturas, emocional para quem dedicaste o teu amor, brilhante para quem surpreendeste positivamente, desilusão para quem não tiveste desculpa, desgosto para quem nunca conseguiu tanto quanto te deu ou lá perto... Porque foste, és e serás............. 

sexta-feira, 17 de abril de 2009

quarta-feira, 25 de março de 2009

Primavera!

Gosto de festas! Gosto de laços entre os seres! Gosto do sol que nasce todos os dias! Gosto do esforço! Gosto da perseverança! Gosto do dever! Gosto da renovação! Gosto das etapas de desenvolvimento! Gosto da intuição e da razão! Sinto-me do Cosmos e gosto da sensação!

uma personagem

Não era um homem fisicamente imponente, cerca de 1.70, 70kg, com uma voz gentil, e uns olhos que não pestanejavam, não hesitavam, contudo por vezes irados, não olhavam para fora, mas para dentro a guardarem um tesouro interior. Perdeu 3/4 da visão, e sempre acreditou que o seu estado de saúde frágil não lhe concederia muitos anos de vida. O seu bigode, sempre a olhar o céu, era talvez a sua característica física mais evidente. O seu corpo, ao que dizem, tinha algo de insubstancial, como se fosse possível passar a mão através dele. Além disso, vestia quase sempre um casaco preto quase tão pesado como um uniforme militar. Escreveu que ninguém quer verdadeiramente ajudar os outros, todavia desejam dominar e aumentar o seu próprio poder.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

voz do silêncio


"A tua alma tem de ser como o fruto maduro da manga: suave e doce como a sua polpa dourada face às angústias alheias , dura como um osso para as tuas próprias agonias e tristezas, oh conquistador de felicidade e angústia..." (HPB)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

o entendimento

Até que ponto entendemos algo que gostamos? 

domingo, 18 de janeiro de 2009

O peixinho Baltazar


Perguntava-se o menino "Será que nós também vivemos num aquário como o peixinho Baltazar?" Foi por causa desta questão que conseguimos batizar três dos quatro peixes que vivem no aquário em casa da D. e do J. (mantenho-vos no anonimato, mas autorizam-me a falar dos peixes que habitam no vosso aquário, em vossa casa?) eu sei que os peixes custaram 1 euro e meio/cada, mas custa-me dizer vossos peixes... 1 euro e meio é tanto como aquele anel de carvão que comprei numa feirinha... seria assombroso se tívessemos que atribuir um preço tb a nós mesmos, para nos pormos numa montra à venda... deixemos isso com o desporto e a prostituição: são aquários mais evidentes.
 Mas nós que vivemos no anonimato das nossas vidas em que medida estamos tb num aquário? quem nos observa? Estamos do lado de fora do aquário e temos sorte porque aquela coisa chamada lei da atracção impede que caiamos das bordas exteriores do aquário? 
Amigos ... Posso divulgar os batismos? Temos o RR, o Álvaro de Campos, se bem que pela lógica do RR acho que deveríamos reduzir a AC para não entramos novamente no devaneio da memória dos peixes e secalhar quando estivermos a chamar Campos ele já se esqueceu do Álvaro...
 e os outros... como se chamavam, amigos? é que não podemos deixar de personalizar aquilo que ao fim e ao cabo sentimos nosso, na existência...

sábado, 17 de janeiro de 2009

O outro


Quem é o outro para o próprio sujeito que o perspectiva? O outro que passa na rua cabisbaixo, alegre, despercebido, fumante, pensativo, chora, sussurra, sorri, canta, pedante? Quem é o outro que tal como quem o perspectiva pertence a uma mesma espécie e distante prossegue? Quem é o outro que não importa de onde veio, o que fez, ou para onde vai se nos auxilia quando tropeçamos num paralelo solto, quem é o outro que nos insulta quando o semáforo já ficou verde e ainda não arrancámos, quem é o outro que nos despreza ou deseja? quem é o outro com quem crescemos, e o outro com quem desejamos morrer, o outro com quem fantasiamos, o outro que nos pergunta uma informação, o outro que nos tenta roubar a carteira, o outro que vive no mesmo prédio?quem é o outro que comanda, o outro que nos serve no restaurante, nos aborda na rua, nos pede uma moeda ou um cigarro? .... 
quem é o outro que vive em nós?